Como desenvolver banco de dados ambientais para o gerenciamento de áreas contaminadas?

A Rede NICOLE Latin America realizou um webinar sobre gerenciamento de dados ambientais no dia 18 de maio de 2021, com a participação de especialistas e pesquisadores da área que deram uma mini aula sobre como iniciar este trabalho. Confira os principais resultados do webinar e assista para detalhes e tirar suas dúvidas. 

Banco de dados ambientais

O Banco de dados nada mais é do que um conjunto de arquivos relacionados entre si, com registros sobre pessoas, lugares e espaços, organizados de forma eficiente e informativa para a construção de um relatório, na maior parte das vezes. Portanto, é uma ferramenta que nos apoia no Gerenciamento de Dados. 

Hoje, toda empresa, pesquisa e trabalho de desenvolvimento que necessite recolher informações e categorizá-las digitalmente utilizam este recurso. Na área ambiental, não é diferente. 

Neste caso, são arquivados registros de dados de contaminação, de água, de campo, da flora e da fauna da região trabalhada, e por aí vai. Existem diferentes tipos de banco de dados, no caso das pesquisas ambientais o conceito mais utilizado é o relacional, por onde é possível unificar informações que se cruzam, criar uma consistência de dados, restringir dados por meio de regras e realizar consultas dentro deles. 

Os relacionamentos entre os dados são chamados de integridade referencial, composto por quatro elementos básicos: chaves primárias, relacionamentos Um-para-Um, Um-para-Muitos e Pai-Filho.

Ao final, seu objetivo será criar um sistema centralizado e único que te ajudará na confecção do relatório final, assim como criar dados consistentes, de alta qualidade, com padrões estabelecidos e de forma acessível. 

Tendo como base o principal tipo e banco de dados para área ambiental, suas composições e objetivos, entenda como iniciar sua confecção. 

Ponto de partida para criar seu banco de dados

De início, determine sua meta. Hoje, está no ponto A e deseja chegar no ponto B, a partir deste desenho será possível determinar a complexidade do trabalho e quais tipos de ferramentas serão necessárias para essa construção, como planilhas e o banco de dados no Access. Da mesma forma irá traçar suas necessidades neste percurso, como documentação, suporte, tempo de criação, planejamento e treinamento. 

Fluxo de trabalho

O fluxo de trabalho é uma maneira de visualizar os passos necessários para a construção do seu banco de dados. Suas vantagens são a diminuição das chances de erros e o manter a informação centralizada, validada e de fácil acesso. 

Como dimensionar sua base de dados para gerenciar áreas contaminadas?

Os primeiros passos a serem seguidos incluem o que foi falado no início para qualquer processo de criação de um banco de dados, como definir os objetivos da base de dados, identificar sua audiência, definir quais dados serão incluídos, avaliar o escopo temporal dos dados, contemplar os principais produtos derivados e selecionar as tecnologias necessárias. 

Certamente, a demanda de cada setor exige uma criação de banco distinta. No caso de áreas contaminadas, os usuários deste banco de dados poderão ser analistas, os geradores e gestores das informações, reguladores, responsáveis da indústria e até mesmo stakeholders e membros da comunidade, daí a importância de se entender o nível de complexidade do seu gerenciamento. 

Aqui, pode-se trabalhar com dois tipos de dados: os primários, tais como qualidade de mídia ambiental, dados de monitoramento, de investigação e operacionais; e os derivados, que incluem dados de avaliação de risco, resultados de modelagem, cálculos de desenhos de sistemas e vários outros. 

Definidos os tipos de dados necessários, cabe identificar suas fontes, que podem ser desde os serviços em campo até informações laboratoriais, bem como seu escopo temporal. Assim, você terá uma visão de como começar os trabalhos, para onde deseja ir, o percurso que precisa trilhar e o produto que irá alcançar. 

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